Cap. 6

Alma que sabia antes de saber

Sacia a minha sede.
Sacia a minha dúvida.
Se faz menor para receber o maior;
Se faz vida para transcender luz;
Se faz humano para evocar a transição;
Se faz eu para descobrir que não és tu;
Se faz eu para descobrir quem é.
Se faz pequeno para se descobrir grande;
Se faz grande para se descobrir pequeno;
Se faz buscador para se descobrir busca;
Se faz busca para se descobrir buscador!

 

 
Abre-se agora a força que antecede à vida,
 da busca que findou em seu desabrochar no sentido da espera.
A espera aflorou através dos sons da natureza que enaltecem a vida sendo.
Sendo tão bela que a luz do dia brotou na chegada da Árvore
 da vida que segue sem segregar o Novo
 e que abre espaço para o sagrado em nós e
leva a vida através dos ditames do tempo
 e perpassa o Ser em complexidade e Amor.

 
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A dor do Ser se comunica para além do dito,
para além do bendito.
Para além do dogma e da repulsa entre a frescura e o frescor.
O medo discorda do óbvio
e o óbvio é tão óbvio que obviedade nenhuma consegue explicar.

Aliança do Ser com o eterno
e a eternidade que emana luminosidade no silêncio.
O silêncio da fala,
O silêncio do gesto,
O silêncio do ouvido,
O silêncio dos olhos.
A mente que silenciou sabe que onde a palavra não encontrou a expressão está a sabedoria,

Não há nem silêncio para além do vazio.
União

Sabedoria nasce e transborda em meio ao caldo caótico da existência,
aonde começo,
meio e fim desalentam a própria vida.

mas,
vazio e imaculado fornece solo fértil para a débil insanidade humana,
transformando o ser do pó em luz e bem-aventurança.
O benigno e o maligno se assemelham em forma
e se separam em concordância.
Polar é a vida,
polaridade é a natureza Dual e dualista.

Unidade é para retorno ao centro,
 primeiro de si mesmo
e depois de Tudo.

Não és especial em certo sentido
e também não o és em outro.
todo fato um contraponto,
 que abarca a origem onde claro e escuro se fundem formando Luz.

A Luz não é a ausência da sombra
 e sim a completude do claro e escuro.
Aquele que obscurece parte do Ser clareia outro aspecto
 e o outro aspecto clareado,
obscurece o tormento insano e egóico da mente não apaziguada.

 
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Somos todos feixes de luz rumo ao aberto que se expande e transborda.
Contraditória é a vida em seu cerne
e tamanha contradição confunde pelo dom Dual da humanidade.
O Ser que habita sabe a origem independente das confusões mentais,
mas, qual será o fruto das nossas avaliações?
Em vão e desmedida daquele que é!
 
 
 
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Artefatos indolores do Ser em consequência do Divino.
Divino esse que inibe o pequeno,
 tamanha a sua grandeza e Luz.
Será vida pedindo passagem em toda sua contradição?